"No Coração do Império", de Alexandra Vidal
Publicada por
Escrivão
à(s)
14:18:00
Ano de 1526. O navio português Nossa Senhora da Conceição regressa a Portugal, após uma incursão da sua tripulação pelo território do Soho, Congo, para captura de escravos. Dentre eles, destacam-se as irmãs Kamaria e Imani, de 16 e 18 anos respetivamente, que vivem com o avô numa aldeia, Lubata.
Numa manhã fria, o navio aporta em Lisboa. As duas irmãs são separadas para sempre. Imani, agora batizada como Maria da Esperança, segue para a corte, para servir a rainha D. Catarina, casada com D. João III, ocupados em dar um descendente à coroa, após a morte do primogénito, D. Afonso, antes dos dois anos de idade.
A corte é um local de intrigas e de inveja e a cidade de Lisboa vive aterrorizada com a peste e outras doenças, como a lepra.
Maria da Esperança acaba por ficar ao serviço da camareira Cecília Bocanegra, que viera no séquito da rainha e descendia de italianos. Ambiciosos, Cecília e o marido, Francisco Velásquez, que tinha a seu cargo a recâmara da casa da rainha, veem na escrava uma forma de lhe agradar e de, assim, subirem na sua consideração e encher de honrarias a sua família e os seus dois filhos, Filipe e Maria.
A 15 de outubro de 1527, nasce a infanta D. Maria e Cecília decide, ao fim de alguns meses, ensinar a escrava a ler e a escrever, tarefa de que é encarregue o gramático Rodrigo de Montalvão, um nobre de alta condição. Desde cedo, porém, se faz sentir a oposição de Leonor Sampayo, a responsável pela retrete da rainha, que tudo faz para obstaculizar as pretensões de Cecília e a existência de Maria da Esperança.
Maria da Esperança acaba por ficar ao serviço da camareira Cecília Bocanegra, que viera no séquito da rainha e descendia de italianos. Ambiciosos, Cecília e o marido, Francisco Velásquez, que tinha a seu cargo a recâmara da casa da rainha, veem na escrava uma forma de lhe agradar e de, assim, subirem na sua consideração e encher de honrarias a sua família e os seus dois filhos, Filipe e Maria.
A 15 de outubro de 1527, nasce a infanta D. Maria e Cecília decide, ao fim de alguns meses, ensinar a escrava a ler e a escrever, tarefa de que é encarregue o gramático Rodrigo de Montalvão, um nobre de alta condição. Desde cedo, porém, se faz sentir a oposição de Leonor Sampayo, a responsável pela retrete da rainha, que tudo faz para obstaculizar as pretensões de Cecília e a existência de Maria da Esperança.
Com a passagem do tempo e a convivência, acaba por nascer entre mestre e aprendiz um amor intenso e proibido, vivido às escondidas em razão das diferenças sociais existentes entre ambos. Através de Cecília, Rodrigo de Montalvão solicita uma audiência à rainha para requerer a liberdade para Maria. Estamos a 26 de janeiro de 1___. Quando se dirige para onde a rainha se encontra, inicia-se um terramoto devastador que destrói Lisboa.
Enquanto Rodrigo desmaia atingido por destroços do palácio, Maria e mais dois escravos acabam por fugir em busca da liberdade. São, porém, capturados pouco depois: o escravo é morto no local, enquanto as duas escravas são chicoteadas e devolvidas ao palácio real.
Maria procura Rodrigo para lhe explicar a sua atitude, no entanto ele não quer ouvir as suas explicações, graças à fuga em si e às intrigas de Leonor Sampayo, e repudia-a, acabando, mais tarde, por casar com Leonor. Na noite de núpcias, ele adormece sem consumar o casamento e a relação mantém-se fria e distante ao longo dos anos.
Enquanto Rodrigo desmaia atingido por destroços do palácio, Maria e mais dois escravos acabam por fugir em busca da liberdade. São, porém, capturados pouco depois: o escravo é morto no local, enquanto as duas escravas são chicoteadas e devolvidas ao palácio real.
Maria procura Rodrigo para lhe explicar a sua atitude, no entanto ele não quer ouvir as suas explicações, graças à fuga em si e às intrigas de Leonor Sampayo, e repudia-a, acabando, mais tarde, por casar com Leonor. Na noite de núpcias, ele adormece sem consumar o casamento e a relação mantém-se fria e distante ao longo dos anos.
0 comentários:
Enviar um comentário